"Há muito tempo atrás, quando Florianópolis ainda não era a cidade do turismo exagerado e envolta em prédios de concreto, vivia na ilha uma comunidade de pessoas simplórias, que eram muito ligadas às tradições passadas entre os familiares nativos.
A maioria dessas pessoas faziam casas próximas à beira do mar, pois a serenidade das águas e os suaves sons da brisa nos fins de tarde lhe davam uma grande paz de espírito.
Embora a calmaria se mostrasse quase que explícita aos olhos de todos, mistérios ocultavam-se em algumas residências.
O título de 'Ilha da Magia', dado a Florianópolis pelo grande escritor Franklin Cascaes, chamava a atenção de muitos curiosos... Dentre eles, infelizmente, a família Vaultimére. Vindos de uma região miserável do interior da França, os Vaultimére mostraram-se uma família um tanto hostil, logo que chegaram à ilha. Muito pouco se sabia sobre eles, e essa dúvida sobre o seu passado deixava a comunidade local receosa de que algo de muito ruim rondava os integrantes da família francesa.
Mal sabiam o quanto estavam certos...
Passado algum tempo, após construída sua residência nas proximidades da 'grande colina', alguns membros da família começaram a raptar jovens das comunidades vizinhas. Finalmente se descobrira o porquê de sua partida das terras européias: haviam sido banidos pela prática de rituais de magia negra, envolvendo muitas vítimas que tiveram mortes trágicas ao longo dos anos.
Agora, a ilha tornara-se o mais novo lar para seus crimes.
O ritual consistia em arranjar pessoas para que pudessem servir de corpo para os espíritos que fossem invocados na noite de lua minguante, basicamente como marionetes.Os fracos não tinham vez nessas sessões, e, por infelicidade, nenhuma vítima suportou..
Exceto uma única pessoa: um jovem; conturbado, distante e frio.
O garoto havia chegado há pouco mais de três anos na ilha, logo após uma guerra que acontecera em sua cidade anterior. Ele fora telespectador de uma chacina. Foi torturado inúmeras vezes, juntamente com sua mãe, até conseguirem escapar durante um deslize de seus agressores. Cansados, tudo o que buscavam agora era uma terra tranqüila, onde pudessem viver o resto de suas vidas, mesmo que isso não curasse as dores da guerra. Embora não apresentasse mais as marcas do conflito, o menino não conseguia mais sair de seu estado de transe. Era como se tudo aquilo que havia sido vivenciado por ele tivesse se retraído e adormecido em sua mente, condenado a viver em um estado de infelicidade constante.
Quando iniciado o ritual, os rapazes da família Vaultimére não tinham idéia da gravidade que recairia sobre eles.
Retomado pelos sentimentos adormecidos da traumatizante experiência da guerra, de sua massante tortura, vivenciada dia após dia, o garoto foi tomado pelo ódio e a fúria, culminando na possessão de seu corpo por um espírito diabólico. O pior de todos os que já haviam sido incorporados nos rituais realizados, até então.
O jovem adquiriu uma força aterrorizante, descontrolada, e acabou deixando o rastro do que um dia fora a família Vaultimére por todos os cantos da imensa casa.
Aproveitando que não havia mais proprietários no local, o possuído tomou para si a residência. Escravizando alguns membros da comunidade, ele conseguiu fazer grandes reformas na casa, formando uma estrutura similar a de um castelo, com muitos andares.
Nada mais podia segurá-lo.
Sem misericórdia ou remorso, o 'possuído' matou vários nativos da região, e os poucos que ainda tinham vida sofriam com as ameaças e ordens daquele “ser” que agora estava diante deles.
As mortes e desgraças chegaram a terríveis proporções nunca antes presenciadas pelas pessoas da ilha, nem mesmo pelo mestre do submundo: Lúcifer.
Temendo o grande poder daquele ser abominável que causava o infortúnio de todos na superfície terrestre, o Diabo decidiu utilizar-se de um antigo artefato que há muito tempo havia sido feito para uma ocasião de extrema necessidade como essa.
Sabendo que essa nova entidade estaria sedenta por mais e mais poder, Lúcifer enviou à terra dos vivos o artefato, conhecido como :'Máscara Crânio'.
Como esperado, o possuído reconheceu que o objeto emanava grande potência, e o colocou em seu rosto.
O que um dia fora um garoto franzino agora se tornara um ser de puro mal: seu rosto agora desprovido de carne adquiria a faceta de um crânio marrom, seus cabelos tornaram-se quebradiços e sem vida e seu corpo agora estava envolto em pura energia negra.
Ao tentar se valer desse novo poder, porém, o espírito foi surpreendido e aprisionado na máscara, jogando o corpo do jovem a uma grande distância.
O cadáver do jovem, no entanto, não foi tomado pela terra, apodrecendo e só desaparecendo pela ação dos ventos depois de muitos anos.
Alguns dizem que o lugar onde podia ser encontrado o cadáver não possuía grama, nem mesmo qualquer outro ser vivo ao seu redor; outros dizem que há uma silhueta preta na terra marrom acinzentada, mas isso nunca foi comprovado...
O paradeiro da máscara também é um mistério.
Mas, se por acaso o artefato entrar em contato com o local da putrefação do cadáver do garoto, o espírito voltará a ter um corpo materializado, atravessando tudo e a todos que se opuserem ao seu caminho, até achar as portas do inferno e tomar o lugar de Lúcifer...
Lenda ou não, de acordo com muitos documentos encontrados em arquivos especiais:
.Foi comprovado que realmente houve uma chacina na mansão dos Vaultimére. Pedaços de carne humana e sangue estavam entranhados nas paredes da residência. A hipótese é de que eles tivessem sido lançados por uma espécie de catapulta, ou por um animal com uma força nunca antes vista. Foi o máximo que os especialistas puderam apurar;
. Relatos apontam a morte de vários residentes próximos à mansão na grande colina, muitos deles por motivo de doenças pouco comuns na época..."
A maioria dessas pessoas faziam casas próximas à beira do mar, pois a serenidade das águas e os suaves sons da brisa nos fins de tarde lhe davam uma grande paz de espírito.
Embora a calmaria se mostrasse quase que explícita aos olhos de todos, mistérios ocultavam-se em algumas residências.
O título de 'Ilha da Magia', dado a Florianópolis pelo grande escritor Franklin Cascaes, chamava a atenção de muitos curiosos... Dentre eles, infelizmente, a família Vaultimére. Vindos de uma região miserável do interior da França, os Vaultimére mostraram-se uma família um tanto hostil, logo que chegaram à ilha. Muito pouco se sabia sobre eles, e essa dúvida sobre o seu passado deixava a comunidade local receosa de que algo de muito ruim rondava os integrantes da família francesa.
Mal sabiam o quanto estavam certos...
Passado algum tempo, após construída sua residência nas proximidades da 'grande colina', alguns membros da família começaram a raptar jovens das comunidades vizinhas. Finalmente se descobrira o porquê de sua partida das terras européias: haviam sido banidos pela prática de rituais de magia negra, envolvendo muitas vítimas que tiveram mortes trágicas ao longo dos anos.
Agora, a ilha tornara-se o mais novo lar para seus crimes.
O ritual consistia em arranjar pessoas para que pudessem servir de corpo para os espíritos que fossem invocados na noite de lua minguante, basicamente como marionetes.Os fracos não tinham vez nessas sessões, e, por infelicidade, nenhuma vítima suportou..
Exceto uma única pessoa: um jovem; conturbado, distante e frio.
O garoto havia chegado há pouco mais de três anos na ilha, logo após uma guerra que acontecera em sua cidade anterior. Ele fora telespectador de uma chacina. Foi torturado inúmeras vezes, juntamente com sua mãe, até conseguirem escapar durante um deslize de seus agressores. Cansados, tudo o que buscavam agora era uma terra tranqüila, onde pudessem viver o resto de suas vidas, mesmo que isso não curasse as dores da guerra. Embora não apresentasse mais as marcas do conflito, o menino não conseguia mais sair de seu estado de transe. Era como se tudo aquilo que havia sido vivenciado por ele tivesse se retraído e adormecido em sua mente, condenado a viver em um estado de infelicidade constante.
Quando iniciado o ritual, os rapazes da família Vaultimére não tinham idéia da gravidade que recairia sobre eles.
Retomado pelos sentimentos adormecidos da traumatizante experiência da guerra, de sua massante tortura, vivenciada dia após dia, o garoto foi tomado pelo ódio e a fúria, culminando na possessão de seu corpo por um espírito diabólico. O pior de todos os que já haviam sido incorporados nos rituais realizados, até então.
O jovem adquiriu uma força aterrorizante, descontrolada, e acabou deixando o rastro do que um dia fora a família Vaultimére por todos os cantos da imensa casa.
Aproveitando que não havia mais proprietários no local, o possuído tomou para si a residência. Escravizando alguns membros da comunidade, ele conseguiu fazer grandes reformas na casa, formando uma estrutura similar a de um castelo, com muitos andares.
Nada mais podia segurá-lo.
Sem misericórdia ou remorso, o 'possuído' matou vários nativos da região, e os poucos que ainda tinham vida sofriam com as ameaças e ordens daquele “ser” que agora estava diante deles.
As mortes e desgraças chegaram a terríveis proporções nunca antes presenciadas pelas pessoas da ilha, nem mesmo pelo mestre do submundo: Lúcifer.
Temendo o grande poder daquele ser abominável que causava o infortúnio de todos na superfície terrestre, o Diabo decidiu utilizar-se de um antigo artefato que há muito tempo havia sido feito para uma ocasião de extrema necessidade como essa.
Sabendo que essa nova entidade estaria sedenta por mais e mais poder, Lúcifer enviou à terra dos vivos o artefato, conhecido como :'Máscara Crânio'.
Como esperado, o possuído reconheceu que o objeto emanava grande potência, e o colocou em seu rosto.
O que um dia fora um garoto franzino agora se tornara um ser de puro mal: seu rosto agora desprovido de carne adquiria a faceta de um crânio marrom, seus cabelos tornaram-se quebradiços e sem vida e seu corpo agora estava envolto em pura energia negra.
Ao tentar se valer desse novo poder, porém, o espírito foi surpreendido e aprisionado na máscara, jogando o corpo do jovem a uma grande distância.
O cadáver do jovem, no entanto, não foi tomado pela terra, apodrecendo e só desaparecendo pela ação dos ventos depois de muitos anos.
Alguns dizem que o lugar onde podia ser encontrado o cadáver não possuía grama, nem mesmo qualquer outro ser vivo ao seu redor; outros dizem que há uma silhueta preta na terra marrom acinzentada, mas isso nunca foi comprovado...
O paradeiro da máscara também é um mistério.
Mas, se por acaso o artefato entrar em contato com o local da putrefação do cadáver do garoto, o espírito voltará a ter um corpo materializado, atravessando tudo e a todos que se opuserem ao seu caminho, até achar as portas do inferno e tomar o lugar de Lúcifer...
Lenda ou não, de acordo com muitos documentos encontrados em arquivos especiais:
.Foi comprovado que realmente houve uma chacina na mansão dos Vaultimére. Pedaços de carne humana e sangue estavam entranhados nas paredes da residência. A hipótese é de que eles tivessem sido lançados por uma espécie de catapulta, ou por um animal com uma força nunca antes vista. Foi o máximo que os especialistas puderam apurar;
. Relatos apontam a morte de vários residentes próximos à mansão na grande colina, muitos deles por motivo de doenças pouco comuns na época..."
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