sábado, 6 de março de 2010

Diário de Viagem

Eu estava esperando chegar em casa e ficar por definitivo para começar a colocar as coisas da viagem no pc. Eu tinha esquecido como demorava pra escrever por aqui...
Bom, eu vô dividir em duas partes. Esse diário na verdade não tá tanto uma coisa pessoal, mas é legal porque mesmo assim eu consigo passar a minha impressão de cada cidade por onde passei.
Boa leitura e até o próximo post!
Falta daí Escócia, Holanda, República Tcheca e a segunda semana na Áustria:
ÁUSTRIA/VIENA- 1ª SEMANA Viena é enorme, muito rica em cultura e com muita coisa pra ver e apreciar.
Na primeira semana, ficamos instalados na casa da tia do nosso amigo austríaco, um lugar bem aconchegante e perto da estação obërdobling, que foi muito usada por nós durante a estadia em Viena.
O sistema de transporte lá é um exemplo: com um preço muito acessível e em conta, você pode gastar 14 euros e usar todos os meios de transportes públicos disponíveis, seja o ônibus, o trem ou o bonde. E nos dois últimos, ainda é possível a quem estiver esperando saber quanto tempo o transporte chega na parada em que você estiver.
Enquanto estávamos na capital da Áustria, andamos de trenó, visitamos um museu (que tinha inclusive dinossauros), visitamos um zoológico com os mais variados tipos de animais (um lugar realmente muito grande e muito legal), os pontos turísticos de Viena (tal qual a grande catedral de St. Stephen’s), além de curtir algumas noites em festas locais (no Loco’s e no Spicy).
Na quarta feira, é um dia especial para certas festas, pois eles costumam disponibilizar karaoquê pro pessoal da balada curtir, tendo então você, caro amigo, a opção de escolher determinada música e cantar, enquanto a galera do lugar acompanha você com um grande telão e as letras da música. Além disso, como bem aproveitado no Loco’s, você tinha uma promoção de bebidas, numa grande lista, por apenas 50 cents., das 19 até às 20h. Noites austríacas, ou pelo menos de Viena, são aprovadas pro público jovem.


ITÁLIA/VENEZA A cidade tem arquiteturas bem legais, e os italianos com certeza são os europeus com o sotaque mais legal (inclusive quando eles falam inglês, o sotaque continua ali, forte).
Tem muitos corredores estreitos, o que faz você ficar um pouco agoniado. Mesmo sendo pequena a cidade, um mapa é de grande ajuda, já que é muito fácil você se perder nas pequenas ruelas desta cidadezinha italiana.
Já fica o aviso pra quem pensar em viajar pra lá de que os restaurantes não são baratos. Você inclusive paga por ocupar uma mesa (eu não lembro como é essa cobrança em italiano, mas você irá perceber quando na sua conta aparecer um preço de algo misterioso que você não tinha pedido).
A maioria dos banheiros que você encontrará dentro das lojas e afins não possuem tampa na privada, ou seja, é a sua bunda em contato direto com a porcelana fria (bem, fria não porque na verdade os lugares tem aquecedores muito bons).
É óbvio que Veneza não se resume apenas à banheiros e serviços alimentícios, então vamos as partes boas da cidade: a arquitetura das casas e prédios é fora de sério. Pra nós brasileiros, é uma coisa muito boa apreciar as diferentes formas e construções desses prédios acima do mar. Você irá ficar abobado de ver os barquinhos, gôndolas e vaporetos (barcos à vapor para transporte público) navegando nos pequenos canais de Veneza, e com certeza terá que andar num deles numa hora ou outra. A água, apesar de suja, não fede de maneira a ficar insuportável, e está sempre num tom de verde esmeralda, até mesmo em dias nublados.
Também na parte histórica temos as máscaras de carnaval, muito famosas; museus; catedrais; uma praça com vários dos pontos turísticos principais de Veneza, entre outras atrações.
E para quem gosta de aves, nessa mesma praça citada acima, há muitos pombos, pardais e gaivotas rondando por comidas. O que os pardais aqui do Brasil tem de ariscos, os de Veneza tem de curiosos: eles comem na sua mão. De verdade mesmo. Mas você precisa de boa sorte para mantê-los por perto, antes que duzentas e cinqüenta mil pombas voem em sua direção com a mínima percepção de que você está para abrir um saco de comida.
É uma cidade bem interessante e cultural. Talvez a indicação fique pra quem gosta de coisas mais antigas. E pra quem está com pressa de fazer visitas rápidas pelos vários países da Europa, a dica é que, em Veneza, não se passe mais de dois dias para ficar por lá, já que ela é pequena e a maioria dos atrativos da cidade estão um tanto amontoados, não sendo preciso mais do que esses dois dias para curtir tudo.


FRANÇA/PARIS
Primeira palavra: GIGANTESCA. Paris é definitivamente enorme, e você precisará de muito, muito tempo para olhar tudo o que a cidade oferece. O Museu do Louvre é com certeza um lugar por onde você deve passar. Várias esculturas, todas perfeitas em seus mínimos detalhes; os mais variados quadros (Mona Lisa está lá! Só não se desaponte com o tamanho do quadro - é bem pequitito); itens e relíquias absurdamente bem trabalhadas e caríssimas; representação de lugares luxuosos... Enfim, variedade muito grande de coisas para se ver (andamos por algumas horas lá dentro e não deu pra ver tudo mesmo assim).
Para visitar os museus da cidade, você pode contar com o sistema de compra de um ticket, que você paga por certa quantia, estabelecendo os dias que você quer fazer a visita, e então só apresentar na entrada dos museus e ficar a vontade para apreciar o que esses lugares tem a oferecer.
No Arco do Triunfo eles aceitam esse tipo de ticket também, então é possível entrar naquela grande estrutura, e ir até o topo e ver a grande vista de Paris.
Na Torre Eiffel já não é possível entrar com esse ticket. A sugestão fica para subir a torre pelas escadas, porque é mais baratinho. Aparentemente, no inverno não é possível ir ao topo, provavelmente por causa de possíveis problemas com vento e coisas do tipo. Mas tem dois andares em que você pode ainda subir (que já é bem alto, na verdade). Se você for no verão, é possível que dê pra ir até lááá em cima.
A rua onde fica o Moulin Rouge é uma confusão. Você encontrará muita putaria e os donos desses lugares estarão fazendo de tudo para que um cliente entre na sua loja e curta os seus “serviços”.
Paris é outro lugar com comidas bem caras. A possível saída para não ter aperto no bolso é recorrer aos serviços fast food ou qualquer lanchonetezinha indiana (que seria a mesma coisa que barraquinhas de churrasco de gato, x-saladas ou de coxinhas aqui no Brasil).
Lá tinha também o museu do Playmobil, mostrando várias versões desse brinquedo ao longo dos anos.
Bem no canto da cidade, existe um centro comercial chamado La Defénse, com prédios enormes e muito tecnológicos. Lá tem um píer legal onde você pode ficar descansando e apreciando a vista depois de uma loonga viagem.


INGLATERRA/LONDRES
Bela Londres. Muitas coisas legais pra se ver, muitas coisas legais pra comprar, mesmo sendo a moeda lá existente a libra (pounds/£), o que significa ser o mais caro dos lugares.
Madame Tussauds é um Museu de Cera onde há várias e várias estátuas de cera de artistas famosos e outras figuras conhecidas, tais como Morgan Freeman, Napoleão e até mesmo Hitler.
Os parques e praças são inacreditavelmente bonitos: muitas árvores e um campo muito verde, com uma riqueza de plantas e flores que te chamam para só ficar lá, esquecendo os problemas e curtindo a vista pacífica da natureza.
Lá há muito incentivo da cultura britânica, então você pode conhecer um pouquinho mais da história da cidade numa das London Walks. São caminhadas por alguns lugares de Londres, cada uma com a sua própria temática e guiadas por um cara que domina bem as histórias por onde você passa durante os trajetos.
Entre essas, temos a que fala mais sobre os lugares onde Jack, o Estripador, fez suas vítimas, e os lugares onde, na antiga Londres, executavam as pessoas em praça pública.
*Nota para o meu episódio com os esquilos. Lá estava eu, estasiado, numa praça de Londres, onde haviam MUITOS esquilos. Eu, muito retardado e feliz por ver esse animal que só via na tv, corria feito um doido pra vê-los aos detalhes. Obviamente isso os afugentava.
Meio frustrado, eis que mais a frente surgiria a idéia para mantê-los mais próximos: um casal britânico estava a dar comida para os pequenos roedores. Meus olhos brilharam.
Eu estava com um pacote de bolachas na mão. Eu estava louco. Os esquilos desciam em trios das árvores; eu sentia o gostinho da vitória.
Esmigalhando o biscoito nos meus dedos, mais precisamente na ponta dos meus dedos, fiquei paralisado enquanto corriam em minha direção.
Depois de sentir que realmente tratava-se de comida de verdade, o pequeno animal começou a comer a bolacha, e não satisfeito, foi tentar pegar mais.
E então ele deu uma dentada... No meu dedo.
A dor! O corte profundo. Mais dor! E sangue, “mui” sangue.
...Mais tarde eu tentei dar comida de novo pra um outro esquilo, e a tragédia se repetiu, e dessa vez, uma mordida entre os meus dedos. Aprendi que deve-se tomar mais cuidado com os roedores.


IRLANDA/DUBLIN
Dublin foi uma cidade não muito aproveitada por mim por causa de certos problemas de saúde. A narração dessa cidade irlandesa será um pouco diferente das outras, então vamos lá:
A chegada a Dublin (capital da Irlanda) foi tensa. O sanduíche que comprei na Inglaterra devia estar estragado ou algo assim. Fiquei muito enjoado na viagem, muita dor de cabeça, dor no corpo, um pouco de febre também (ok, isso parece mais com princípio de gripe do que propriamente o resultado de ingerir um sanduíche embalado de um mercadinho duvidoso, mas tá beleza).
Procuramos na madrugada pelo nosso albergue, mais uma vez, até que, finalmente, depois de algumas andanças perdidas, o achamos. O albergue Abigail. Profissionais simpáticos, café da manhã até um horário razoável, internet que funcionava com moedas e uma sala de estar muito confortável.
Como sempre, o check in só começaria às 15h, então nos escalamos para simplesmente passar um tempinho na sala de estar mesmo para tirar uma pestana. Depois de algumas horas (não percebidas por mim) de sono, e com um torcicolo terrível, fomos dar umas voltas pela cidade, terrivelmente fria, para dar uma olhada nas proximidades, tentando achar um pico legal para ficar, e, com certeza, para comer.
Infelizmente, como eu tava ficando doente, tudo de Dublin no primeiro dia pareceu um fardo, porque minha paciência para ficar em pé era mínima, devido as constantes dores de cabeça e dores no corpo.
Fomos à estação, onde não tínhamos conseguido as passagens para o trem. Depois, achamos lojas de tranqueiras para turistas, que depois foi alvo de nossas compras no último dia, e visitamos um museu que mostrava coisas velhas (sério, museu cansou pra mim).
Como eu tava resmungando demais, meus amigos e eu achamos melhor eu ir logo pro albergue e lá esperar até que desse o horário para o check in, entrando, finalmente, no miraculoso quarto com a cama que eu tanto almejava. Cheguei lá acho que uma hora ou duas antes de chegar finalmente o tão esperado horário para fazer o bendito check in.
Dormi mais algumas horas naquele sofazinho confortável e ali despenquei de sono até acordar e finalmente pegar a chave.
Vitorioso, com a chave em mãos, subi as escadas, e, com dificuldade, abri a porta.
O quarto era grande, com 5 beliches, umas 3 tomadas e 1 banheiro com privada E chuveiro (coisa rara na Europa)!!
Então lá estava eu, me preparando para colocar o pijama e ir para debaixo das cobertas e descansar da maldita enxaqueca e mal-estar, até que chegaram os meus amigos poucos segundos depois. Fui pra cama do mesmo jeito, para depois ser intimado de novo a me vestir e ir para a pizza hutt e aproveitar a promoção de buffet de pizza e refil de refrigerante à vontade.
Enchemos o bucho, e então voltamos pro albergue após mais algumas andanças por um lugar que parecia muito um shopping.
Eu sucumbi a missão de evitar que o colchão sumisse do quarto, me certificando de que iria deitar em cima dele para que o arisco não escapasse. Isso gerou revolta dos meus cumpadres de viagem porque senão eu não iria curtir os barzinhos do pub crawl que ia acontecer pela noite (pub crawl - uma galera se reúne, com um cara que serve de guia pra ir de barzinho a barzinhos próximos, aproveitando descontos e até bebidas GRÁTIS em alguns locais).
Eu não liguei porque realmente estava MUITO mal, não conseguia ficar em pé e sentia muita dor por tudo.
Dormi como um bebê por muitas e muitas horas, acordando algumas vezes, como na chegada do primeiro hóspede que iria dormir no mesmo quarto que a gente (sim, os 5 beliches não poderiam ser um luxo oferecido a esses 3 mochileiros fodidos, tipo, NÃO mesmo).
No outro dia, acordamos meio cedo para aproveitar o bom café da manhã, não sem antes descobrir, de maneira embaraçosa, que o outro hóspede era um brasileiro também.
Terminamos o nosso lanche matinal e então partimos para as visitas aos museus.
Visitamos uma prisão antiga, preservada agora como um museu histórico, que tinham algumas arquiteturas bem interessantes (como a parte do panóptico), mas foi muito rápido; depois fomos para uma fábrica de cerveja da Guinnes, da Irlanda mesmo, que é uma cerveja preta forte que todo mundo fala ser muito boa, mas que não achei ser a melhor que provei até hoje, com certeza, mas eram um copo e meio de graça, então desce na garganta de qualquer forma; o museu dos vikings e finalmente uma outra fábrica que fazia um uísque também muito famoso na Irlanda, mas que agora não lembro o nome. Cansamos, daí demos mais umas voltas (Dublin tem seus picos de coisas legais numa proximidade absurda, então tudo é rápido de se chegar).
No outro dia, saímos do albergue, tentamos procurar um bendito caixa para ver o saldo do nosso cartão, sem êxito; andamos mais um pouco sem rumo, então compramos mais uns presentinhos deste país de temática verde e depois de muito andar pedimos mais uma pizza hutt para saciar a fome noturna. Pedimos “para viagem”, levando as pizzas gigantescas para o albergue para comer calmamente.
Quase explodindo nossos estômagos, pegamos nossas mochilas no estoque e nos despedimos da espanhola preocupada com as nossas passagens (ela trabalhava lá no albergue, e era muito querida).
Para variar, andamos feito nômades até a estação do ferry (Navio), navegamos pelos mares até chegarmos a hollyhead, na Inglaterra, esperando o trem que nos levaria à Escócia.

Um comentário:

Rinah disse...

hsuahsuahus
cara ri demais durante sua descrição da viagem.
nhah
q massa tudo isso *-*
principalmente veneza e frança (tipo louvre = tres dias inteiros para mim)!

vc sabe q vai ter q me contar tudo de novo com todos os detalhes neh??
=*