Então, 2009...
Ano estranho, e infelizmente foi o ano em que eu mais senti o quanto a vida tá ficando foda, de uma maneira muito ruim. Ainda assim, eu tive umas coisas boas esse ano.
Começando:
.O verão foi ótimo. Um amigo meu voltou dos EUA, e dessa vez pra ficar mesmo no Brasil, e, pra felicidade aqui dos nossos amigos em comum, Florianópolis, Canasvieiras. Nunca curti tanto as praias legais aqui de Floripa quanto eu curti esse ano, principalmente pela companhia do povo legal que ia junto. Além de praias: churrascos, planeta atlântida, rapel. Enfim, o melhor verão da minha vida até hoje, com certeza;
.Depois das férias de verão, recomeçam as aulas. Eis um dos principais problemas do ano, mesmo porque quando a gente está num curso, TODA A SUA VIDA parece ser consumida somente para estudos e matérias referentes. Você acaba não encontrando mais tempo pra fazer as coisas que gosta. E quando se cresce, isso tende a piorar. Mas, esse ano em especial: professores fracos, matérias massantes, provas absurdas... Isso vai reduzindo o rendimento e acabando com o seu ritmo. O último semestre mesmo (isso que ainda não recebi a resposta da bomba da última prova; exame final na certa)...;
.Oportunidades zero de encontrar uma guria legal. Ok, mentindo. Isso e o fato de eu me prender demais a certos amigos que, não sei se involuntariamente ou por puro egoísmo, acabam me envolvendo de uma maneira quase que simbiótica pra "relaçõezinhas" conturbadas. Quem sai perdendo sou eu, mas é difícil me livrar de velhos hábitos; eu sô calado, e abro a boca somente pra, pelo menos, dar uma palavra de apoio, sacrificando muitas vezes meus desejos/vontades por outras pessoas. Isso abre brecha pra pessoas carentes encontrarem em mim uma válvula de escape pra falar somente sobre si, ao mesmo tempo que tornam-se totalmente dependentes de mim no momento em que elas precisam, ou seja, quando lhes é conveniente. Eu não vô deixar de ser amigo e estar pra apoiar à aqueles que realmente gostam e querem a minha ajuda, não mesmo. É só que nem todas vão merecer isso. Não se quiserem me fazer de vela ou testemunha de que elas estão conseguindo algo (leia-se relacionamento), sem ao menos dar espaço pra eu poder viver a minha própria vida;
.Ano todo sozinho na maior parte do tempo fora da faculdade. Vivi no centro, no que eu achei que fosse realmente melhorar o meu contato com os amigos. Mera confusão e ilusão. Acabei me afastando mais ainda dos meus amigos mais próximos, ultimamente deixando que eles falassem comigo pra combinar algo, porque de mim não havia a mínima vontade de combinar algo. Senti que devo ter tido muitos momentos de surtos bipolares e depressão ao longo do ano. A sorte que isso tá mudando;
.Pouquíssimas festas, e ainda nem tão boas assim. Mas agradeço quem sempre tentou me chamar pra fazer alguma coisa legal (agradeço especialmente ao João por isso);
.Agora voltemos para as partes boas: Eu nunca achei que num ano eu conheceria tantas pessoas que valem a pena. Pelo Guilherme, meu amigo dos EUA, conheci inúmeras pessoas legais, extrovertidas, companheiras, educadas, que me fizeram sentir muito bem: eu fazia parte de um grupo empolgado e que se divertia muito nas festas. É muito bom se sentir incluído num grupo grande de pessoas, e onde todas elas te fazem se sentir especial;
. Na procuradoria, na faculdade, por outros amigos. Nancy, Fernando, Marcos, Tácio, Flávia, Thiago. Pessoas muito importantes que eu vô tentar manter contato, e, se não for possível, manter na lembrança, com muito carinho mesmo, pro resto da minha vida.
.Mais recentemente, agradecer a duas pessoas em especial: Karina, com quem tive o prazer de passar o fim de semana na praia Brava e relembrando os velhos tempos e ao meu mais novo amigo que conheci no estágio, Thiago.
Eu posso, com muito orgulho, dizer que na minha vida, tenho duas pessoas evoluídas em quesito "compreensão do mundo" e conversas maduras que me fazem tentar ser uma pessoa melhor cada vez que reencontro eles. Cada um a sua maneira única, mas ainda assim, me fazendo crescer como cidadão, como pessoa, e como humano.
Esse ano foi foda, mas no que está por vir será mudado.
Agradeço a todos os que mencionei aqui, e alguns que não foram mencionados, por darem força e por serem bons amigos (Maurício, eu prometo não ser mais tão ausente, mas tu entende o porque da gente não poder se ver tão facilmente nos últimos tempos-e nossos horários de lazer não batem XD).
Abraços!
3 comentários:
Caramba, excelente retrospectiva rafa. Parece aqueles posts de 31 de dezembro. o/
É bom fazer isso antes na verdade, porque não fazemos na empolgação e pensamos com calma sobre o que passou e o que queremos.
A vida está ai para ser mudada Rafa.
Boa sorte.
=*
(Obrigada.)
P@#$%&* me emocionei ^^ (serio mesmo) valeu Rafa pelas palavras de carinho. Sei lá, bom, acho que tu sabe o que penso das coisas que descreveste ao meu respeito :D A vida me presenteou com a tua amizade (ou com os momentos que já tivemos :P) e sou agradecido a Procuradoria Geral do Estado (apensar de o pessoal pirar comigo lá ueheuheuheu).
Rafa! Quero disser de coração aberto mesmo. Cara tu me faz, fez e certamente me fará muito bem. Você não sabe o quanto eu reflito sobre a forma que tu é, dos valores, do conhecimento e da tua humildade de (conversar) com alguém que poderias ensinar. @#$%&* me emocionei de novo! ^^ serio mesmo. Essas coisas (palavras que escrevo)
[... Utilizamos delas com o objetivo
de expressar o que sentimos.
E se por algum momento não somos verdadeiros,
elas só serão palavras ditas...]
Musiqueta p/ nós...
[...o nascimento
de uma alma
é coisa demorada
não é partido ou jazz
em que se improvise
não é casa moldada
laje que suba fácil
a natureza da gente
não tem disse me disse] Música: PaPO de surdo e medo/rappa.
Mãos dadas/ Poeta: Carlos Drummond de Andrade.
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente
- tudo que faço ou penso é porque percebi na loucura o presente que é viver. Não que a vida seja bela, mas, que bela nós sejamos com a totalidade de estarmos vivos – pensandu.
Gosto de ti pra caramba! Abração!!!
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