Agora que voltei pra Floripa, e que ainda me restam alguns dias antes da grande viagem a Europa, voltei a rabiscar uns desenhos no papel.
Eis alguns deles:



Todas elas estão aqui, a meu serviço. É bom ter esse poder. Sinto pena daqueles pobres coitados que não acreditavam que eu conseguiria...
Elas parecem meio tristes, é verdade, mas nada como um tempo se passando para que comecem a se acostumar com a idéia. Realizar as minhas fantasias deveria ser uma grande honra para todas. Não é todo dia que se tem o privilégio de estar perto de alguém tão nobre e importante. Estamos em uma época difícil, e eu ofereço abrigo e lar a estas garotas por um mísero preço...
Nada que valha a pena tanta tristeza e melancolia delas.
Malditas. É isso que são... Não suporto mais tanta falta de ânimo dessas mulheres. Tudo o que fazem é se queixar, choramingar de um canto pro outro. Ingratas! Você dá tudo a elas e não é recompensado. Estou farto disso. Qualquer dia acabo com a lamúria delas.
A resposta pra esse tipo de comportamento estúpido, típico de humanos fracos, é sempre o medo. É incrível como uma pequena imposição, seja um tom mais agressivo de voz ou força física, já é o suficiente para que sucumbam rapidamente. Chega a ser ridículo... Humanos realmente são seres muito estúpidos, susceptíveis ao capricho dos mais inteligentes. Mas, ainda assim, sendo mulheres, a conversa muda... Elas me fazem sentir muito bem, é impossível não ficar extasiado com um ser tão delicado quanto a mulher...
E eu gosto de aproveitar esse fato para o meu prazer. Eu posso ser egoísta, mas não ligo, culpa delas não saberem se defender...”
-Mathias Anburgo. Morto por uma facada na jugular.
“Os feixes de luz convertem-se em um único ponto; um círculo amarelo mínimo pode ser visto naquele lugar, a espera de quem os faça rir.
Mas são várias coisas que antecedem a tão esperada noite.
Um cântico, uma anedota fúnebre, uma platéia esperando o próximo espetáculo do palhaço que aos prantos soluça em seu íntimo.
Ele não demonstra; a máscara que ele usa é sorridente e deixa amostra todos os dentes de simpatia. Ahhh, pessoas tão iludibriadas...
Mas o que seria do show se não houvesse sacrifícios? Sim, porque, afinal, o povo quer o entretenimento. Mas o artista é forte, ele contém as lágrimas e diverte, aos gritos e palhaçadas, o público histérico.
É mais um sucesso no grande picadeiro da vida...”